O mercado brasileiro de motocicletas tem passado por transformações profundas nos últimos tempos, notadamente no primeiro semestre deste ano. Estas mudanças se devem principalmente a chegada no Brasil de novas marcas, com foco em motocicletas de baixa cilindrada, apresentando produtos tão bons quanto aos das marcas tradicionais e com preços muito competitivos.
Ao analisar os dados do mercado no mês passado dissemos que o gigante (Honda) estava ferido e sangrando, pois sua participação havia baixado de 70% do mercado. Pois bem, em julho de 2024 a Honda baixou mais ainda e chegou a 63%, emplacando 100 mil unidades. A Yamaha subiu para 19%, com 30 mil motocicletas emplacadas, mas acreditamos que o calcanhar de Aquiles da Honda está com as marcas mais populares, que este mês conseguiram fatias entre 1,24% e 4,64% do mercado, emplacando em torno de 17 mil motocicletas, (Shineray, Mottu e Haojue). A Trumph também não pode ser desconsiderada, pois emplacou 1200 unidades das novas queridinhas da marca inglesa no Brasil, a Scrambler 400 e a Speed 400. A Bajaj por sua vez emplacou 977 unidades da Dominar 400, porém as outras versões da Dominar, (160 e 200), parece que não decolaram ainda.
Em julho/24 foram comercializadas no Brasil 156.893 motocicletas zero km. Uma retração de de 5.40%% em relação ao mês anterior onde foram emplacadas 165.855 unidades. Mas quando comparado com o 7º mês do ano passado os números são ficam muito interessante, (27.50%). Já no acumulado do ano, os números também ficaram bons,20.72% acima, em relação ao mesmo período de 2023.
A Fenabrave diz que “embora com uma pequena retração na comparação com o mês anteiror, o segmento (de motocicletas), continua aquecido, com altas sobre julho de 2023, e no acumulado dos 7 meses de 2024, cujo resultado permanece superior ao alcançado em 2011, (ano de record em emplacamentos de motocicletas no Brasil.”