China domina mercado de baixa cilindrada

Mesmo com Honda e Yamaha tendo juntas mais de 90% do mercado nacional, a China tem o domínio. Entenda porque nesta postagem!

Fonte: FENABRAVE.
Poucos setores da economia são tão concentrados em produtos nacionais como o mercado de motocicletas. Estimulada pela isenção do imposto de importação – que permitiu trazer ao país a tecnologia das matrizes na Ásia -, a indústria brasileira de motos se estabeleceu na Zona Franca de Manaus e atualmente abastece quase a totalidade da demanda doméstica.

Só as duas maiores marcas – Honda e Yamaha – absorvem mais de 90% das vendas de motos no Brasil, deixando a parcela remanescente a outros fabricantes instalados em Manaus, como Dafra, Suzuki e Kasinski.

Essa situação, contudo, não se repete em alguns segmentos de baixa cilindrada da indústria de duas rodas, nos quais os importados vêm mostrando uma penetração crescente. Nas motos de até 50 cilindradas – também chamadas popularmente de “cinquentinhas” -, as importações respondem por 76% do mercado (veja gráfico), o que já levou a indústria nacional a pedir barreiras a esses produtos.

As motos dividem espaço com eletroeletrônicos em hipermercados e lojas de departamento na região Nordeste. O pleito inclui a elevação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – de 15% para 35% – e a fixação de valores mínimos para as motos que entram no país. Os fabricantes brasileiros argumentam que as medidas são necessárias para manter a competitividade da indústria nacional. Apesar disso, ainda não foram atendidos pelo governo.

Dados da Abraciclo mostram que as importações de motos chinesas – que somavam pouco mais de 8 mil unidades em 2005 – chegaram a 124 mil unidades em 2010. O número é ainda maior porque muitas motos de 50 cilindradas não são emplacadas e, por isso, escapam dos levantamentos oficiais.

Com alto apelo popular, as “cinquentinhas” importadas representam muitas vezes o primeiro veículo na população de baixa renda. Além do preço baixo – chegam a custar R$ 2,99 mil – o consumidor fica, em muitas cidades, livre de custos ligados ao registro e ao licenciamento do veículo: os dois processos dependem da legislação de cada município, embora a habilitação seja obrigatória para todos.

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